Sl 85; Ez33.7-20; 1Co 10. 1-13; Lc 13.1-9

Chegou o tempo da colheita de Deus!

Estimados irmãos e irmãs,
Como é bom vermos que a terra ainda produz frutos! Com a chuva e sol abundantes deste período, vemos as plantas crescendo com vigor e as arvores frutíferas começando a dar sinais de que vão dar frutos.
Ficamos felizes com isso pois sabemos de quanto esforço tivemos cuidando delas, e protegendo contra fungos e bactérias, quanto tempo esperamos para ver os primeiros sinais de que todo o esforço seria recompensado. E finalmente estes sinais começam a aparecer.
Por outro lado, como é triste quando precisamos arrancar estas arvores ou plantas por percebermos que apesar de todo o esforço e dedicação, elas não produzirão nada. Pior ainda quando por engano, alguém corta fora esta arvore.
A algumas meses plantei um pomar no terreno da igreja com diversas variedades: laranjas, bergamotas, pêssego, jabuticaba, cereja, maçã... E certo dia o senhor que mantinha o terreno limpo foi cortar a grama e tirar a sujeira. Eu o avisei sobre as plantas e falei onde estavam. Qual não foi a minha tristeza ao perceber que o senhor havia cortado quase metade das plantas fora quando terminou...
Certamente Deus se alegra muito mais por seus filhos produzirem frutos. E certamente ele também se entristece muito mais quando não produzem nada.
Nos textos de hoje, Jesus confronta o senso comum das pessoas sobre os frutos a serem produzidos, quem os produz e, mais importante, sobre como Deus nos faz produzir bons frutos.

1 – Deus sempre faz produzir frutos.
Quando uma árvore produz fruto, mesmo com nosso cuidado e esforço, é pela vontade de Deus que acontece. Ele é quem permite às arvores crescerem e produzirem. Ao refletirmos sobre a vida cristã, fé e mesmo sobre o amor de Jesus, é Deus quem nos faz produzir frutos.
E isso é natural. É impossível ao cristão ser cristão sem produzir frutos!
Deus causa uma reação em nós. Transforma a nossa vida, toca nosso coração. O seu amor e sacrifício são poderosos para mudar histórias. É ele quem faz tanto o querer quanto o realizar.
Por isso, cada pessoa, em seu íntimo, deve e pode refletir sobre quais frutos está produzindo. Se são frutos de Deus ou não. E a  partir desta reflexão se colocar diante de Deus para que Ele continue dando força para produzir, ou para começarmos a produzir.
Mas quais são os frutos de Deus? Quais frutos Deus espera dos seus filhos? Qual é o fruto mais importante que Deus espera de você?
O fruto mais importante é o arrependimento.
2 – A parábola da figueira estéril.
Quando Jesus fala da figueira estéril, fica claro para quem o ouve que ele fala do povo de Israel. Um povo que apesar de tanto esforço, de tanto amor e dedicação da parte de Deus, não produziu os frutos esperados. A figueira estéril fica no ponto mais alto da plantação, recebe os primeiros raios do sol, vê toda a plantação, ou seja, tem sempre os maiores e melhores benefícios. Era de se esperar que tivesse os melhores frutos. Assim como o povo escolhido do Senhor.
Este povo viu a face de Deus, ouviu suas palavras, vislumbrou o cumprimento das suas promessas, ouviu Deus falar por meio de seus profetas e salmistas, pode ver o poder de Deus por meio de milhares de milagres. E mesmo assim, não deu fruto.
Na parábola o servo diz: 8Mas o empregado respondeu: “Patrão, deixe a figueira ficar mais este ano. Eu vou afofar a terra em volta dela e pôr bastante adubo. 9Se no ano que vem ela der figos, muito bem. Se não der, então mande cortá-la.”
Ou seja, ainda por mais um tempo Deus permite que seu povo permaneça. Ele manda o seu filho para andar em meio ao povo, para com muito amor ensinar, perdoar, curar... A esperança é sempre a de que o povo se arrependa e volte o seu coração para o Senhor, para que possam produzir os frutos esperados.
Mas mesmo assim, sabemos que não aconteceu. Sabemos que o tempo esgotou e que os frutos não vieram.

3 – É chegado o tempo da colheita.
Quaresma é um tempo maravilhoso para refletirmos sobre quais frutos produzimos diante do Senhor.
Deus ainda olha para o seu povo, que não é mais apenas o povo judeu, mas todos os cristãos, esperando com ansiedade os frutos do seu amor. Ele semeia a Palavra e aguarda para ver os primeiros ramos crescendo, as primeiras folhas, as flores e finalmente os frutos.
Este é o nosso Deus que ainda nos concede tempo para produzir os seus frutos. Ele ainda espera que abandonemos os caminhos de perdição e estejamos junto a ele, pois ele nunca nos abandona. Diz o salmo 85: 4Faze com que prosperemos de novo, ó Deus, nosso Salvador, e não continues aborrecido com o teu povo!... 7Mostra-nos, ó Senhor Deus, o teu amor e dá-nos a tua salvação! 8 ...Para nós, o seu povo, para nós, os que somos fiéis, ele promete paz se não voltarmos aos nossos caminhos de loucura. 9Na verdade, Deus está pronto para salvar os que o temem a fim de que a sua presença salvadora fique na nossa terra. 10 O amor e a fidelidade se encontrarão; a justiça e a paz se abraçarão... 12O Senhor Deus nos dará o que é bom, e a nossa terra produzirá as suas colheitas.



Este Deus ainda nos concede a chance de falarmos e vivermos o seu amor. Muitas pessoas ainda não sabem o que é fazer parte do reino de Deus e a estas, Deus nos envia a proclamarmos a salvação. É uma honra e um dever. Em Ezequiel somos conclamados a permanecer fiéis, como vigias a proteger uma cidade, que não podem vacilar um momento sequer. Na epístola aos Coríntios, Deus nos lembra de que precisamos resistir às tentações, lembrando novamente o povo de Israel quando caiu em tentação e se afastou de Deus. E mesmo quando se afastaram de Deus, Deus não se afastou deles.
O Deus trino nos conclama a não mais sermos figueira estéril, mas a sermos um povo que produz muitos frutos porque está nas mãos do Senhor. Um povo que luta a batalha da fé, e que vencerá pois Cristo já venceu por nós.
Em arrependimento, deixaremos de ser uma figueira estéril para sermos transformados em ramos da videira, que produz muitos frutos, para a honra e glória do Senhor.


 E.G.

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