EU SÓ PRECISO DE UM ABRAÇO


Você já parou para pensar que estamos cada vez mais cercados de pessoas e estamos cada vez mais sozinhos? Temos ao nosso lado centenas de pessoas todos os dias, por exemplo, no trabalho, na faculdade, na vizinhança, etc... mas conhecemos cada vez menos estas pessoas. Andamos em meio a ruas cheias de pessoas, praças lotadas, condomínios enormes, mas não levantamos nossos olhos para ver quem está na nossa frente. Não conhecemos nosso vizinho. Não sabemos direito nem quem nós somos pois não paramos para nos olharmos no espelho.
Este vazio está sempre nos machucando, pois o ser humano não foi criado para estar só. Fomos criados para vivermos juntos com outras pessoas, onde há um “completar-se mutuamente”.
É interessante ver como Jesus reagia às pessoas. Algo que passa despercebido por nós quando lemos os evangelhos é que “Jesus tocou” as pessoas. Ele tocou o cego, tocou o paralítico, tocou o caixão, e até mesmo quando foi tocado pela mulher com hemorragia poderia ter esperneado, brigado com ela, mas reagiu com amor. Em todas estas situações ele estava quebrando a lei, tornando-se impuro ao tocar pessoas que – segundo a lei – estavam impuras. Mas o amor dele por elas foi maior, fazendo com que ele literalmente fosse ao encontro delas.
Sabe, há momentos na vida em que nós só precisamos de um abraço. Há momentos em que a pessoa ao nosso lado só precisa de um abraço. Sem palavras. Sem desculpas. Sem explicações. Só um abraço bem dado e bem apertado. Talvez você hoje esteja se sentindo assim: precisando de um abraço. Antes de pedir para alguém lhe abraçar, faça o seguinte: DÊ UM ABRAÇO! Explique depois. Se é que abraço precisa de explicação.
Eu fico imaginando Jesus e os discípulos em tempo de Corona vírus: “Não pode abraçar, apertar as mãos, dar beijinho no rosto...” Eu acho que Jesus continuaria abraçando apesar do risco. Afinal, ele fez isso quando o vírus do orgulho e da vaidade dos fariseus e escribas estava a mil. Diz o evangelho que, diante de crianças, Jesus “as abraçou e as abençoou”. Percebe o quanto este gesto é forte, é poderoso? Ou então na parábola do filho pródigo, onde Deus é o pai e nós somos o filho que retorna: “Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou”.

Ah, como eu quero este abraço do Pai! E como eu quero poder repartir este abraço com você!

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