JESUS ESTÁ AO SEU LADO!
João 11.1-45 – JESUS
ESTÁ AO SEU LADO!
Começou como qualquer outro mal-estar.
Mas não parou por ali. O que os três irmãos pensaram ser algo passageiro, rapidamente
tomou proporções preocupantes. Aquele irmão, que era a força mantenedora da
casa, havia caído adoentado. Como as duas irmãs fariam para cuidar dele e
trabalhar ao mesmo tempo para que tivessem o que comer? Como poderiam providenciar
o que o irmão precisava?
Elas
sabiam que as dificuldades eram muito grandes, mas nem por isso desistiram de
confiar em Deus.
Elas
oraram. Elas pediram com todas as forças que tinham em seus corações para que
Deus estendesse o seu olhar de misericórdia sobre o irmão. E mesmo assim ele
estava piorando.
Ao
perceber que, apesar de tudo o que faziam, seu irmão piorava, elas começaram a
ficar desesperadas. Chamaram os amigos e vizinhos para que ajudassem naquele
momento tão delicado. Pediram que eles orassem junto com elas, suplicando a
Deus que curasse o irmão daquela enfermidade para que tudo voltasse ao normal.
Dezenas,
talvez até mesmo centenas de pessoas passaram por aquela casa para ajudar e
tentar animar os três irmãos, afinal de contas, tanto as duas irmãs quanto o
irmão doente eram muito queridos por todos.
Finalmente, quando não havia mais
alternativas e o irmão estava à beira da morte, a irmã mais velha mandou que
enviassem um recado à única pessoa que poderia ajudar. Ela tinha esperança de
que aquele sábio pudesse fazer alguma coisa e, além disso, ela soube que ele não
estava distante da cidade onde eles moravam.
O
mensageiro, percebendo na voz e no olhar daquela irmã, a urgência do pedido,
correu o mais depressa que pôde. Correu até a outra cidade onde ouviram que o
sábio caminhava e estava a ensinar. Chegando
lá, procurou em cada canto, procurou em cada viela, cada porta por onde passava
até que finalmente encontrou aquele que estava procurando.
“VEM. ELE ESTÁ MUITO MAL”
Tendo
ouvido aquelas palavras, o homem parou por um instante, como que estupefato ou
surpreso, não foi possível saber naquele momento, e depois respondeu algo que
pareceu de extrema frieza.
- Eu não irei.
O mensageiro
sofreu um choque ao ouvir aquelas palavras, mas retornou até a casa dos irmãos
para levar a mensagem do sábio. Quando as irmãs ouviram que ele não viria,
puseram-se a chorar copiosamente. Choravam
e não havia quem as conseguisse consolar. Pensaram: “quem sabe se alguém contar
a ele o quanto estamos sofrendo, ele tenha pena e resolva vir nos ajudar”. Mas
ninguém lhe contou nada. Ele não veio.
E
agora? Como vamos viver? Não conseguimos trabalho, não temos como conseguir
nosso sustento e estamos abandonadas sem nossos pais e sem o nosso irmão, que
era aquele que nos animava, cuidava e protegia. O que será de nós?
Apesar
de toda a dor, as pessoas que sofriam junto com aquelas irmãs puseram-se a
providenciar todo o necessário para velar o irmão. Ainda mais pessoas passaram
por aquela casa, todas chorando e se compadecendo do triste destino reservado
àquelas duas.
E
quando já fazia quatro dias que o irmão havia sido sepultado, a grande
surpresa: uma comitiva vem chegando ao longe. Um murmúrio que começou pequeno e
foi aumentando enquanto aquele grupo de pessoas se aproximava da cidade. As
irmãs ainda choravam a morte do irmão e muitas pessoas estavam com elas quando
alguém de longe gritou:
- Jesus está vindo!
Quando
ouviram aquilo, Maria e Marta tiveram um choque. Por que havia demorado tanto? Poderia
ter vindo antes ou até mesmo poderia ter dado uma ordem e Lázaro estaria curado,
como elas mesmas já tinham visto de outras pessoas, que Jesus havia feito.
Por que Lázaro teve de morrer?
Enquanto
Maria sentiu suas pernas enfraquecerem e cambalearem, Marta saiu em disparada
para encontrar com Jesus, que ainda não havia entrado em Betânia. No caminho
ela pensava que Jesus não se importava com eles, e até mesmo que ele estava ali
agora para zombar da dor daquelas irmãs. “Afinal, eram apenas três quilômetros
de Jerusalém, onde Jesus estava”.
Marta
correu e, ao se aproximar de Jesus todas as palavras sumiram de sua garganta e
ela simplesmente jogou-se aos pés de Jesus e chorou. Chorou diante de todas as
pessoas, sem se importar com o que elas pensariam.
- Se o Senhor estivesse aqui, o
meu irmão não teria morrido.
Ao ver
o sofrimento daquela irma, Jesus agacha-se, segura-lhe a mão e lhe diz:
- O seu irmão vai ressuscitar.
- Sim, Senhor, eu sei que ele
vai ressuscitar no último dia.
Jesus
então, ajudando com que Marta ficasse em pé, lhe respondeu:
- Marta, EU SOU A
RESSURREIÇÃO E A VIDA. Quem acredita em mim nunca morrerá.
Quantas
vezes esquecemos destas palavras de Jesus? Quantas vezes colocamos o nosso
coração nas preocupações da vida, nos pecados e vaidades que se acabam com o
tempo e esquecemos que estas palavras duram para sempre? Jesus continua sendo a
ressurreição e a vida e cada vez que você o deixa de lado está escolhendo
caminhar em direção à morte, ao sofrimento, ao pecado. É necessário que
voltemos a ouvir Cristo dizer que Ele é, sim, a ressurreição e a vida, para que
ali confirmemos a nossa fé, lutando contra as tentações e buscando a força que
há somente no Senhor.
As
pessoas ouviram aquelas palavras e entreolharam-se, pois ninguém havia entendido
o que significava. Marta enxugou as lágrimas e passou a acompanhar Jesus até
onde Maria estava. Ao se aproximarem da casa, Jesus parou e Marta entrou para
chamar a jovem irmã para que fosse falar com ele. Como se por um milagre, suas
pernas retomaram a força e ela levantou-se depressa e foi até ele. E assim como
Marta fez, Maria jogou-se aos pés de Jesus dizendo as mesmas palavras:
- Se o Senhor estivesse aqui, o
meu irmão não teria morrido.
E neste
ponto, a história do evangelho dá uma guinada totalmente inesperada. Jesus
poderia ter agido de mil formas diferentes. Poderia com o seu poder estalar os
dedos e Lázaro apareceria vivo. Poderia até mesmo repetir as mesmas palavras
que havia acabado de dizer à Marta. Mas ele escolheu vir ao encontro da humanidade.
Real e verdadeiramente humano.
Jesus
olhou para Maria que chorava com todas as suas forças, pois acreditava estar
abandonada por Deus. Ele levantou os olhos e viu as lágrimas de todas as
pessoas que ali estavam, sentiu a dor que eles sentiam, teve pena deles por causa
desta dor. Ele ficou aflito por causa daquela dor e respondeu, não com palavras
sobre a ressurreição e a vida, mas com uma pergunta:
- Onde foi que vocês o
sepultaram?
Enquanto
Jesus caminhava com aquela verdadeira multidão de pessoas, olhou novamente ao
redor e viu Marta e Maria abraçadas, com seus olhos marcados pelas tantas
lágrimas que haviam derramado. Olhou para a multidão que não parava de se
entristecer junto com aquelas irmãs e fez o que jamais se esperaria do Messias,
do Salvador, do Filho de Deus, do Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da
Eternidade, Príncipe da Paz e tantos outros nomes que haviam sido profetizados
para ele.
JESUS CHOROU.
Em nenhuma história da humanidade,
em nenhum livro conto ou fábula encontramos um relato de um ser divino que
tenha chorado por causa da dor sentida por suas criaturas. Mas quando Jesus
andou com aquelas pessoas, ele chorou. Chorou amargamente, profundamente, com
todo o sentimento verdadeiramente humano que havia em si. Nestas duas palavras
encontramos tudo o que precisamos saber a respeito de como Deus olha para a
nossa dor.
Jesus chorou.
Ele chora conosco. Ele vem ao
nosso encontro não apenas fisicamente, mas espiritualmente e completamente ele
se coloca ao nosso lado chora com a nossa dor.
Quando penso em Jesus chorando ao
lado daquelas irmãs pergunto-me se as pessoas esqueceram-se do quanto Jesus se importa
conosco ou se nunca souberam disto. Como é possível deixar isto de lado? Quando
tragédias acontecem e terremotos ou furacões destroem tudo pelo caminho, ou
quando aviões caem e pessoas morrem em acidentes de trânsito, aqueles que sobrevivem
brigam com Deus, debatem-se contra ele dizendo: “Onde está Deus?” ou “Por que
você fez isto, Deus?”, elas se esquecem de que, enquanto choramos, Jesus chora
conosco.
- Tirem a pedra da entrada do túmulo.
-Senhor, já faz quatro dias que ele morreu!
E Jesus, talvez ainda com as
marcas das lágrimas que lhe escorreram pelo rosto, intercedeu junto ao Pai para
que se cumprisse a vontade dele naquele momento, para que todos ali cressem que
Ele é o que havia sido prometido. E com uma voz imponente, deu uma ordem
falando alto para que todos pudessem ouvissem:
- Lázaro, vem para fora!
A multidão ficou apreensiva, em
completo silêncio. Todos fitaram a entrada do túmulo esperando que algo acontecesse.
Foi quando eles viram uma mão enrolada em faixas, apoiar-se na parede de pedra.
Querido amigo, o que você
sentiria se fosse você chorando aos pés de Jesus? O que você sentiria se fosse
seu irmão, seu pai ou sua mãe levantando daquele túmulo? Todo choro, toda
lágrima e toda a dor certamente desapareceriam do seu coração.
O mundo
está lutando contra um inimigo invisível, um vírus. Há muita morte, lágrimas e
medo. Mas mesmo em meio à morte Deus faz brotar a vida. Em meio ao vale de
ossos secos que a nossa vida se transformou Deus faz brilhar novamente a luz da
vida. Estamos nos aproximando da celebração da Páscoa. Ela não existe em meio à
morte, mas celebra a vida. Não vamos festejar a derrota, mas a vitória de
Cristo.
Poder
ver Lázaro saindo do túmulo é, para nós, a garantia de que tudo isto vai passar.
Nossa vida vai passar e quando Jesus nos chamar para fora do túmulo, aí sim,
vamos viver de verdade.
Firma teu pensamento em Cristo, permanece crendo na sua
Palavra, no seu amor. Pois é isso que vai fortalecer você em meio às
tribulações até que você ouça a voz de Jesus dizendo:
“MEU FILHO, VEM PARA FORA”!
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